Leonardo Teles
“Eu já passei por quase tudo nessa vida, em matéria de guarida espero ainda a minha vez...” Não há início de texto mais característico sobre minha vida no mundo dos concursos que esse samba consagrado pelo Zeca Pagodinho. Já fui aprovado e não assumi; bati na trave em várias etapas: objetiva, discursiva, didática; fui preterido em seleção para uma empresa do sistema S por ter doutorado; fiquei em primeiro e homenageado por outra do mesmo sistema; fui professor substituto; já perdi, passei por pouco, passei com sobras em TAFs... Recursos? Todos que vocês imaginarem,
inclusive, do meu próprio nome que a banca resolveu errar. Justiça? Também, é claro! Um combo completo nessa peleja que é ter o nome no Diário Oficial do cargo tão pretendido.
Para mim, no início, era ser professor universitário pelo status (e também a grana, né!?), porém, após algumas experiências, perdi qualquer vontade de sê-lo. Em seguida, não tive pretensões de fazer concursos, pois estava relativamente bem no mercado de trabalho, dando aulas para o ensino médio e cursinhos. No entanto, veio a pandemia e tudo mudou. Reavaliei a rota e comecei a mirar o cargo de Perito. Outro mundo! Vários “Direitos”, RLM, Medicina Legal, blá, blá... “Caí para dentro”, coloquei como meta e só ia parar quando estivesse aprovado. Pois bem, hoje estou aprovado em dois Estados e para minha felicidade, um foi na primeira turma, na Bahia. Apesar de traçarmos objetivos com foco, determinação, empenho, sacrifício, determinar todo um planejamento, concluo também com Zeca “Deixa a vida me levar, vida leva eu!”